A REJEIÇÃO, A OBSESSÃO E O CAMINHO DE VOLTA PARA SI

“A obsessão é uma tentativa desesperada da alma de colar os pedaços deixados pela rejeição.”



Terminou um relacionamento e está naquela fossa braba? Ou está num momento mais quieto, tentando curtir a própria companhia, mas com umas feridas ainda abertas? Então cola aqui.

Este post é tipo um mapa emocional — daqueles que não apontam pra fora, mas pra dentro da gente. Aqui eu junto umas ideias que falam de rejeição, obsessão e essa mania que a gente tem de correr atrás de quem não nos escolheu. Nada de papo furado: é real, direto, com afeto e sem julgamento.

Se você já ficou tentando se provar pra quem foi embora, se já esqueceu de si pra ser aceito, este texto é pra você. Que ele te lembre que o amor mais importante é o que a gente aprende a dar pra si mesmo. Bora?

Se você já se viu buscando desesperadamente por validação em quem virou as costas, se já se perdeu tentando provar que merecia amor, este texto é para você. Que ele seja consolo, despertar e, quem sabe, um primeiro passo de volta pra casa: você mesmo.

 

NOTAS PARA COMPREENDER A DESILUSÃO

Antes de seguir, deixa eu te contar uma coisa: se você se identificou com tudo que falamos lá em cima, essa parte aqui é pra mergulhar ainda mais fundo. Peguei os principais sentimentos que aparecem quando a gente se sente rejeitado, ignorado ou trocado, e organizei em uma espécie de mapa afetivo. Nada muito técnico, mas bem verdadeiro.

Bora conferir se você se reconhece em algum desses pontos? Aposto que sim.

 

1. Idealização e desilusão
Se esse post faz sentido para você em algum nível individual, é provável que você tenha um padrão de idealização e desilusão nos relacionamentos.

2. Obsessão após rejeição
Você já percebeu que, quando alguém não te escolhe amorosamente, isso pode te fazer criar uma obsessão por essa pessoa?

3. A obsessão como meta
Provar que aquele afastamento foi um erro se torna a coisa mais importante da vida. Propósito? Sonhos? Autocuidado? Amor-próprio? Objetivos pessoais? Esqueça tudo isso. Recuperar essa pessoa e ser escolhido por ela se torna a grande meta.

4. Tentativa de convencer o outro
É como se tudo em você — pensamentos, sentimentos e comportamentos — fosse direcionado para provar o seu valor e convencer a pessoa a mudar de ideia e perceber que você merece, sim, ser escolhido(a).

5. Não é sobre amor, é sobre validação
Muitas vezes, inclusive, você nem acha que aquela é a pessoa certa para você ou vê um futuro com vocês dois juntos. Apenas sente aquilo como uma necessidade interna de validação. Um desafio. Algo que precisa ser provado para ela e para você mesmo.

6. Entre o “não” e a humilhação
Algumas pessoas até brincam: “O não eu já tenho, agora eu vou atrás da humilhação.” Por que alguém que se sente rejeitado insistiria e até mesmo se humilharia por outro alguém?

7. Ruminando o que passou
E o mais importante: por que sua mente te faz ficar ruminando cada detalhe do que aconteceu? Por que você está obsessiva(o) por essa outra pessoa? Como sair desse estado que está atrapalhando sua saúde mental, emocional e o seu desempenho em todas as outras áreas da vida?

8. Pausa e profundidade
Respira: esse não é um post sobre perguntas soltas. Agora começam as respostas. Profundidade exige preparação, contexto e conexão. Vencemos a primeira etapa, vamos aprofundar agora?


AS RAÍZES ANCESTRAIS DA OBSESSÃO

9. Rejeição e sobrevivência
A rejeição gera obsessão por diversos motivos, sendo o primeiro deles o passado da humanidade. Quando éramos caçadores-coletores e vivíamos em bandos, a rejeição não era apenas um desconforto emocional — era uma séria ameaça à sobrevivência física.

10. A força das memórias negativas
Nós tendemos a lembrar mais daquilo que é negativo do que daquilo que é positivo como um mecanismo de sobrevivência.

11. O negativo gruda
A memória negativa é um super bonder. É mais fácil lembrar e se fixar em experiências negativas do que em experiências positivas.

12. A adaptação infantil
Para o inconsciente coletivo na antiguidade, a rejeição era um risco à sobrevivência física. E, para o inconsciente individual na infância, a rejeição dos pais também era uma grande ameaça. A criança se adaptava para atender às expectativas deles.

13. A marca do autoabandono
Sacrificar o verdadeiro e o autêntico para pertencer ao “nós” (família, sociedade, relacionamentos) foi o maior mecanismo de sobrevivência criado. Todos aprendemos, em diferentes graus, a nos rejeitar para sermos aceitos.

14. Consciência adulta
Traga à consciência para o aqui e agora: não vivemos mais em pequenos bandos em que precisamos da aprovação de todos para pertencermos e sobrevivermos. Não somos mais crianças.

15. Desprogramar o medo
E, quando alguém não te escolhe, a obsessão ainda é uma resposta a velhos mecanismos de sobrevivência que te fazem acreditar que sua vida está em risco. Mas não está.

 

O PASSO A PASSO DA CURA EMOCIONAL

16. Caminho de volta para si

  1. Reconhecer o problema e nomear: a obsessão revela que a ferida emocional da rejeição está ativada.
  2. Perceber que a “solução” de se reconectar com a pessoa é uma falsa solução.
  3. Entender que isso é uma tentativa de atalho que depende de outra pessoa.
  4. O verdadeiro caminho é encarar o desconforto interno e buscar ferramentas para se preencher emocionalmente. Não é sobre o outro. É sobre você.

17. Aceitação como chave
Aceitar que a obsessão é uma tentativa de evitar a dor da rejeição é o primeiro passo para se libertar. O valor pessoal não depende da aprovação dos outros, mas da construção de uma relação saudável consigo mesmo.

18. A criança interior
A criança interior ferida busca desesperadamente aprovação e pertencimento, tentando preencher um vazio emocional. Mas a verdadeira cura vem quando o adulto interior assume o controle e oferece à criança o amor e a segurança de dentro para fora.

19. Resumo e convite
A rejeição ativa um antigo medo de não pertencimento. Para curar, é preciso reconhecer a ferida, abandonar a falsa solução e cultivar uma relação sólida de autoaceitação. Quando a criança interior encontra o adulto amoroso dentro de si, há reencontro. E paz.

 

Se este texto te abraçou de algum jeito, compartilhe com quem anda precisando de uma palavra leve, um empurrãozinho ou só de se sentir menos só. Pode ser que, para alguém, isso seja o respiro do dia.

A gente se cura juntos, passo a passo. E volta pra casa — pra dentro — no nosso tempo.

Com carinho e presença,
Acir Dias

 

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